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O que é o movimento “Red Pill” e os perigos de sua acensão

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    Editor
  • 9 de mai. de 2023
  • 2 min de leitura

O movimento intitulado “Red Pill” começou a ganhar fama na internet nos últimos tempos, principalmente com a fama que seus líderes ganharam através de podcasts. Esta nova corrente de pensamento machista tem como objetivo ensinar aos homens à se desprender do controle psicológico das mulheres


O termo “Red Pill”, vem do filme Matrix, onde em determinado momento da trama, o protagonista tem que tomar uma pílula, a azul que o mantém preso à simulação e o deixa ignorante perante ao mundo real, ou a pílula vermelha (Red Pill em inglês), que o faz “despertar” da ignorância e enxergar as verdades do mundo real, justamente o que prega o movimento.

Seguindo o preceito do filme, os líderes da corrente pregam que os homens estão perdendo sua masculinidade devido à força que as mulheres estão tendo, tomando as rédeas do mundo e controlando como os homens devem se portar, perante a isso, é necessário se tornar um “macho alfa”, para se sobressair sobre às adversidades da vida. O movimento é disseminado, principalmente, através de cursos pagos, onde seus pensadores ensinam como se portar perante às mulheres, fugindo de seu controle e impedindo que elas “invadam seu psicológico”. O conteúdo “Red Pill”, embora claramente machista e misógino, está ganhando cada vez mais relevância no Brasil e no Mundo. O canal Copini, um dos mais influentes do país, conta com mais de 800 mil inscritos no YouTube, e quase 420 mil seguidores no Instagram, e possui vídeos como: “Transforme a Rejeição em Poder”; “Tá com trauminha de mulher? [aja como adulto]”; “Faça elas pagarem caro [pela sua presença]” e “Onde [e como] achar uma mulher de valor”.

A relevância que este tipo de conteúdo está tendo nos dias de hoje corresponde totalmente ao crescimento do movimento feminista no mundo. Os chamados “incels”, aqueles que culpam a mulher por não serem satisfeitos sexualmente, não conseguem viver com o fato de que as mulheres estão ganhando força, principalmente nesta era digital que vivemos. A tecnolo-gia fez com que muitos que não tinham voz conseguissem lutar pelos seus direitos, mas também fez com que discursos de ódio, como misoginia, homofobia e racismo, fossem colocados à mos-tra, sem nenhum tipo de filtro.

O movimento “Red Pill” prega muito mais do que a misoginia, e conta com todos tipos de preconceitos em seus diversos grupos online, sem que haja nenhum banimento por par-te dos fiscais das plataformas. Dar palco a este tipo de conteúdo sem nenhuma consequência meramente por serem espalhados através de uma tela faz com que todas as lutas e causas ganhas percam seus resultados, e aqueles que pregam o ódio conseguem calar aqueles que sofrem. Por: Leandro Rodrigues


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