OAB de Itaquá, ABANDONA
- Editor
- 21 de jun. de 2022
- 3 min de leitura
Curso pré-vestibular gratuito que atendia centenas de jovens e adultos da cidade e região

A UNEAFRO brasil, pré-vestibular comu-nitário, que há 19 anos atende jovens e adultos que não podem pagar um curso pré-universitário e que funcionou na sede da OAB de Itaquaquecetuba (Ordem dos Advogados do Brasil) se viu abando-nada pela diretoria atual. O cursinho pré-vestibular é preparatório para o Enem, universida-des públicas e privadas por meio do PROUNI, tem ca-ráter inclusivo e é voltado a vulneráveis, com atenção especial a negros e pardos.
Mais de 30 profes-sores e colaboradores tra-balham como voluntários no desenvolvimento do projeto educativo e todos eles estão perplexos com a atitude da diretoria da OAB de Itaquá, que prejudica centenas de estudantes carentes. “Devido a impor-tância do projeto social na vida de pessoas desfavo-recidas que buscam o seu “lugar ao sol” essa condu-ta é totalmente reprovável”, afirmam, em coro, os edu-cadores.
SILÊNCIO
Em 08/12/2021, a então diretoria, deliberou, por unanimidade, pela continuidade do cursinho, o presidente Jairo assumiu o compromisso de ratificar com a nova diretoria até 18/12/2021, sem res-posta houve novo pedido de resposta para e-email da OAB e para todos os diretores em 27/12/2021, porém, não responderam. A ressalva é que o cursinho deveria começar em janeiro deste ano. E até agora continua a negati-va por meio do silêncio.
A UNEAFROBRASIL quando na sede da OAB chegava a atender de 120 e 150 alunos. Desde que existe, há 19 anos, já beneficiou diretamente mi-lhares de jovens e adultos que conseguiram passar nas universidades como: USP, UNESP, FATEC, UNICAMP e outros além do ingresso por meio do PROUNI com bolsa 100%, inclusive, quase 10% dos advogados residentes na cidade foram alunos desse cursinho.
DIRETORIA
“O presidente da OAB de Itaquá, Jairo Satur-nino e sua diretoria, sabem do problema. Foi indaga-do de sua posição sobre o assunto e teria informado que o local antes destinado para o cursinho há 5 anos, agora seria analisado a substituição por outro possível projeto, o que nunca respondeu sim ou não. Em razão disso causou gran-de prejuízo aos pretos e pobres da cidade que se viram abandonados”, disse Rodrigo Araújo, um dis coordenadores do Cursinho. Segundo Rodrigo,
“cobrado por uma respos-ta em 31/01/2022 o presi-dente disse “Em razão da pandemia, os eventos pre-senciais estão suspensos, então, pelo menos por en-quanto não vejo urgência”. ” O que não era verdade porque o estado já havia liberado as aulas presen-ciais, o que foi explicado. Afirmou ainda que “Quan-to ao feito, foi deliberado que vamos decidir na próxima reunião”, porém, até o momento não houve uma resposta. Mas foi rebatido com a alegação de que os cursos que só acontecem aos sábados e que a educação por ser atividade essencial – estava fora do contexto de restrições. Sa-turnino foi informado que todos os alunos partici-pantes teriam de estar com ciclo vacinal completo”.

Diante da situação sofrível o advogado Ader-valdo Santos acolheu, nos fundos improvisado do seu escritório 40 dos 150 alunos que poderiam ser atendidos, o local é precário e so-frível, pois fica em baixo de telhas brasilit que esquenta muito no calor e esfria mui-to no inverno. Há um aluno cadeirante que tem que ser levado por uma escada pe-los colegas, já que o espaço não conta com acessibilida-de, todo esse sofrimento en-quanto o auditório da OAB, por uma ironia, está fechado aos pretos e pobres.
As explicações da UNEAFRO, o sucesso da vacinação, o arrefecimento da pandemia, a necessida-de dos estudantes carentes pelo cursinho gratuito, nada sensibilizou a OAB que con-tinua com as portas fecha-das para os vulneráveis ex-cluídos.
O Jornal Bairro a Bairro encaminhou e-mail para o presidente da OAB Itaquá e não obteve resposta.
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